Independência do Brasil: Casamento do século XIX


Para quem não sabe essa data: 7 de setembro de 1822 (século XIX) é muito importante aqui no Brasil, foi quando ocorreu nossa independência, para comemorar essa data histórica decidimos misturar um pouco de história com o tema do Blog(casamento), afinal, temos que saber de onde veio essas tradições do branco, da cerimônia, festa etc.

Então vamos navegar pela história...
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No século XIX, o principal papel que uma mulher deveria desempenhar na sociedade era o de ser mãe e esposa. Através do casamento, ela poderia fazer alianças políticas e financeiras importantes para sua família, salvar uma propriedade comprometida por dívidas e até subir algumas posições na sociedade. Mas, para realizar um bom casamento, havia algumas exigências que a jovem mulher deveria cumprir e a principal delas era o dote,uma determinada quantia em dinheiro, terras, rendas ou mesmo um título de nobreza que a noiva levava consigo para o casamento e transmitia ao marido e aos filhos. Mesmo alguns deslizes morais, desde que não muito escandalosos, poderiam ser tolerados diante de um bom dote.

Noivado:

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O noivado ideal deveria durar de três semanas a alguns meses. Noivados muito longos levantavam suspeitas, assim como os muito curtos. Além de enviar flores, o noivo deveria visitar diariamente sua futura esposa para “fazer a corte”, mas sob certas regras:


  • Não podia ficar a sós com ela. Sempre haveria a mãe ou outra pessoa de confiança da família presente no ambiente;
  • Não podia manter contato físico com ela;
  • Deveria se mostrar controlado, sem manifestar amor excessivo pela jovem;
  • Deveria aproveitar o tempo da corte para conhecer melhor a noiva, mas evitando assuntos impuros ou do mundo masculino, como política e religião. 
Da noiva, esperava-se que se mostrasse recatada, inocente e que não falasse sobre política ou demonstrasse excessiva inteligência, pelo menos não maior que a da noivo.

Vestido:

Na idade média, os bordados predominavam nos vestidos de casamento da nobreza. No entanto, foi a partir do século XIX que os vestidos de noiva ganharam significado e simbolismo.

A tradição do vestido de noiva branco começou no século XIX quando a rainha Vitória escolheu um modelo de cetim branco debruado de flores de laranjeira, que simbolizava a pureza. A tendência espalhou-se rapidamente pela nobreza e pelas mulheres de classe alta. No entanto, a maioria ainda preferia vestidos coloridos, que poderiam ser usados noutras ocasiões.

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Contrato:

No dia da assinatura do contrato de casamento, o noivo deveria enviar à casa da noiva uma corbelha: uma certa quantidade de presentes, a maior parte heranças de família, que simbolizavam sua aceitação na nova casa. No começo do século, a corbelha era enviada em um cesto de palha trançada forrada com cetim branco. Por volta de 1900, já era enviada dentro de caixinhas próprias para isso. O valor total da corbelha deveria corresponder a 5% do valor do dote da noiva.

Cerimônia:

A cerimônia de casamento podia assumir várias formas. Famílias mais tradicionais, ou desejando demarcar seu poder na sociedade, podiam optar por grandes cerimônias religiosas, com vários convidados, decoração rica e um padre ou bispo de renome. Dependendo das inclinações políticas ou religiosas, um casal poderia optar por uma união realizada apenas no civil, mais discreta e para um número menor de convidados.

Sendo o século XIX tanto um período de afirmação do liberalismo como de exaltação do fervor religiosos, muitas famílias optavam por uma cerimônia religiosa. A maior parte desses casamentos acontecia no período da manhã, antes ou próximo ao meio-dia. Era conduzida pelo pai até o altar e escoltada por duas damas-de-honra, suas amigas que faziam as vezes de madrinhas. Após a missa e bênção, a mulher recebia do marido a aliança matrimonial, mas somente a partir do fim do século é que os homens também passaram a usar a aliança.

A prática do beijo, mesmo na testa, era desencorajada. Logo após a cerimônia, ainda na igreja, os noivos receberiam os cumprimentos de amigos e parentes, dos quais apenas os mais velhos podiam beijar a testa da noiva em sinal de consideração. Basta lembrar que a própria Rainha Vitória recebeu um beijo na fronte do Duque de Sussex, mas não foi beijada pelo Príncipe Albert no fim da cerimônia. 

Na Inglaterra, era comum que os noivos saíssem da igreja sob uma chuva de arroz.

Festa:

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Esperava-se que a família da noiva pagasse pela cerimônia e pela recepção, caso houvesse uma.

A recepção deveria ser realizada na casa da noiva e deveria ser preferencialmente um almoço ou café da manhã. Bailes de casamento só eram comuns entre os muitos ricos.
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Os casamentos urbanos costumavam ter apenas um dia ou noite para a recepção, enquanto os casamentos rurais ainda preservavam antigos costumes de dois ou três dias de celebrações. No caso dos casamentos urbanos, a noiva deveria permanecer com seu vestido de noiva até a hora de uma verdadeira inovação do século XIX: a lua-de-mel.
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    Lua de mel:



Após a cerimônia e recepção, o casal podia partir em lua-de-mel, se tivesse meios para isso. As viagens de núpcias à Itália já eram populares nos anos 1870, mas outros destinos, como a Noruega ou a Suécia, também eram bastante procurados. Na Inglaterra, o casal deveria sair em viagem de núpcias logo no dia seguinte ao casamento, enquanto na França era considerado de mau gosto partir tão cedo, devendo os noivos iniciarem a viagem somente seis ou oito semanas após o casamento. As viagens de lua-de-mel começaram a se difundir a partir dos ano 1830, pensadas como uma maneira de dar mais intimidade ao casal longe da família e dos compromissos sociais. No fim do século, mesmo a viagem pela Europa começa a cair em desuso, dando lugar aos hotéis elegantes de Paris.


Ao retornarem da viagem de núpcias, o noivo deveria cruzar a porta da casa com a noiva no colo, para evitar que ela tropeçasse, o que era sinal de má sorte no casamento.

Conclusão:

Como podem ver, mudou muita coisa para o casamento de hoje em dia, depois que a mulher tomou seu lugar no mundo e se tornou mais autônoma, as vestimentas mudaram, decoração, rituais que não podiam ser esquecidos, hoje já não são leis mais, entre diversos outros fatores.


FONTES:
http://shdestherrense.com/home/o-casamento-no-seculo-xix/
http://www.casamentoclick.com/report/titulohistoria-do-vestido-noiva-titulo.html

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